O tempo médio para a liberação atingiu 640 dias em outubro, 271 a mais do que em novembro do ano passado, quando a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), responsável pela estatística, começou a acompanhar os prazos. Para as empresas, a espera é receita perdida e pode colocar na gaveta seus planos de investimentos.
Biologia e tecnologia aliadas na produção dos chamados medicamentos biotecnológicos hoje são a maior aposta do meio científico e já de pacientes para o tratamento e a cura de doenças crônicas como o câncer, as doenças autoimunes e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a Aids.
A indústria farmacêutica tem um arsenal de 1.876 remédios prontos para desembarcar nas prateleiras das drogarias. Mas eles vão demorar a chegar aos balcões.
As multinacionais do setor farmacêutico já investiram nas economias emergentes mais de US$ 100 bilhões em menos de dez anos, num esforço para chegar aos mercados que mais crescem hoje e aproveitar justamente as políticas de incentivo à ciência nesses países.