A explosão do número de ações judiciais no país por falta de distribuição de determinados remédios, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), já levou o Ministério da Saúde a desembolsar R$ 666,3 milhões este ano. O valor, pago apenas nos cinco primeiros meses de 2016, chega a 66% de tudo o que foi gasto em 2015, quando a pasta liberou R$ 1,013 bilhão para este fim, sendo 95% destinados à compra de 22 remédios.
O crescimento das despesas do SUS com ações judiciais movidas entre 2012 e 2015, foi de 176%, passando de R$ 367 milhões para R$ 1,013 bilhão, com um acumulado de R$ 2,776 bilhão, em todo o período.
Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), há dois fatores que levam os pacientes a ingressarem na Justiça: os pedidos de insumos que ainda não foram incorporados à lista de medicamentos fornecidos gratuitamente pelo SUS, e a falta de remédios em farmácias, postos de saúde e hospitais públicos.
— Quando o governo fecha a porta da incorporação, as pessoas entram pela janela da judicialização — declarou Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma.
Este é o drama vivido pelo iluminador de shows Jorge Costa, de 57 anos. Ele fez um transplante de fígado e precisa tomar o antiviral Sofosbuvir, que combate a hepatite. Mas aguarda a liberação há quatro meses. Por isso, já estuda recorrer à Justiça.
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Fonte: Interfarma