Os índices de volume dos produtos químicos de uso industrial registraram expressivo crescimento no 3º trimestre de 2016, alcançando os melhores resultados nessa comparação desde 2013. O índice de produção cresceu 5,6%, o de vendas internas 7,0%, enquanto a demanda interna, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), teve alta de 10%. A utilização da capacidade instalada também registrou melhora, com resultado de 82%, acima da média do período de julho a setembro do ano passado, que foi de 79%.
Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, tradicionalmente, na indústria química, o 3º trimestre é o que concentra os maiores volumes de produção, de vendas e de demanda do ano. “Nesta época se produz o maior volume para as encomendas de final de ano e início do ano seguinte. Diversos segmentos clientes da química começam a dar sinais de melhora ou de que o pior já tenha passado, embora essa performance ainda não possa ser generalizada. Destacam-se os produtos químicos destinados à agricultura”, explica.
Fátima lembra também que “apesar do alívio, não se pode deixar de mencionar que a retomada da atividade econômica e da demanda interna voltará a pressionar os resultados da balança comercial de produtos químicos, até porque os problemas mais estruturais do setor ainda carecem de solução. Além disso, com a melhora da demanda interna, as exportações também tendem cair”. Em 2015, com o recuo do CAN, houve um ganho de share do produtor local, em comparação às importações, de cerca de cinco pontos percentuais. No entanto, já se percebe elevação das importações sobre o CAN, que passaram de 29,7%, no 3º trimestre de 2015, para 33,0%, em igual período de 2016, ou seja, um aumento de 3,3 pontos percentuais.
Em setembro de 2016, a produção manteve-se praticamente estável, sobre agosto, com um crescimento de 0,10%. Os resultados poderiam ter sido melhores não fosse a ocorrência de algumas paradas programadas para manutenção, em diversos grupos de produtos amostrados, bem como um apagão de energia na região de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Na comparação com setembro do ano passado, a produção cresceu 6,87%. No que se refere às vendas internas, o índice caiu 4,13% em setembro, sobre o mês anterior, mas subiu 4,02% sobre igual mês do ano passado. Apesar do recuo pontual de setembro, com a recuperação do mercado interno no ano, houve declínio no volume exportado em setembro (-20,9%), sobre o mês anterior, tendo sido este o pior resultado absoluto do ano. A utilização da capacidade instalada alcançou 83% em setembro, melhor nível operacional mensal desde meados de 2014.
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Fonte: Abiquim