Uma crise sem precedentes no abastecimento de remédios ameaça o acesso à saúde de pelo menos 2 milhões de pacientes no país. Dos 134 medicamentos distribuídos pelo Ministério da Saúde à rede pública, 25 estão em falta ou com entregas insuficientes. Outros 18 têm estoques muito baixos e podem acabar em menos de 30 dias.
Os remédios já esgotados são considerados essenciais para tratamentos contra câncer de mama, leucemia infantil e inflamações, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esse grupo, inclusive, encaminhou um ofício ao ministro Luiz Henrique Mandetta no último dia 12 de março, alertando para a gravidade do problema.
Em estados como Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro, falta medicação para cerca de 20 mil pacientes que passaram recentemente por transplantes de rins e fígado. O presidente do Conass, Alberto Beltrame, define a situação como uma crise humanitária, enquanto o ministro promete alterar o esquema de compra trimestral de remédios para um sistema anual.
“A gente pretende zerar o desabastecimento no mês de maio e ter um fôlego de abastecimento contínuo. Ter, na sequência, um estoque regulador para essas medicações, não ter o desperdício, não ter o “a mais” e o não ter o “a menos”, declarou.
Fonte: Panorama Farmacêutico