O déficit na balança comercial de produtos químicos alcançou US$ 11,7 bilhões nos cinco primeiros meses do ano, com expansão de 15,1%, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). De janeiro a maio, enquanto as importações saltaram 9,2%, para US$ 17 bilhões, as exportações do setor recuaram 2,1%, para US$ 5,3 bilhões.
Conforme a entidade, os intermediários para fertilizantes seguem como principal grupo da pauta de importação, com compras de US$ 2,8 bilhões no acumulado do ano até maio e crescimento de 39,2%. Na outra ponta, o grupo das resinas termoplásticas se manteve como o mais exportado, com vendas de US$ 788,7 milhões e retração de 5,9%.
Em volume, as importações de produtos químicos ficaram em 16,8 milhões de toneladas e as exportações, em 5,4 milhões de toneladas, com aumento de 16% e queda de 5,4%, respectivamente, frente ao mesmo intervalo de 2018.
De janeiro a maio, os produtos químicos responderam por 24% do total de US$ 70,7 bilhões em importações e 5,7% dos US$ 95,8 bilhões em exportações realizadas pelo país. Em nota, a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Mazzaro Naranjo, diz que o segundo semestre terá papel central “no progressivo processo de inserção comercial responsável e na agenda de competitividade”.
“A indústria química brasileira apoia fortemente a proposta de mais inserção comercial, sendo necessário que esse processo seja responsável e inteligente, isto é, concomitante à redução do custo Brasil, transparente, gradual, negociado, debatido publicamente com os setores”, acrescenta.
Fonte: Valor Econômico