As importações de produtos químicos tiveram aumento considerável em setembro, de 10,2% na comparação com agosto, e chegaram a US$ 3,7 bilhões, segundo relatório de comércio exterior da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Ao mesmo tempo, as exportações tiveram discreto incremento, de 1,5% na mesma base comparativa, a US$ 871,4 milhões.
Os produtos químicos mais importados continuam sendo os intermediários para fertilizantes, com compras externas de US$ 716,7 milhões, alta de 11,1% ante agosto. Resinas termoplásticas foram os itens mais exportados, com US$ 103,5 milhões, com queda de 13,4% frente ao mês imediatamente anterior.
Conforme a entidade, de janeiro a setembro, as importações de químicos somaram US$ 30,3 bilhões, com retração de 9%. Já as exportações caíram 14,8%, a US$ 8,3 bilhões.
Em volume, porém, as importações até setembro foram recorde, com mais de 37 milhões de toneladas. Isso equivale a aumento de 6,9% em relação a igual período do ano passado — as 34,6 milhões de toneladas daquele período correspondiam ao recorde anterior.
Conforme a Abiquim, o preço médio das importações caiu 14,9%, enquanto na exportação a baixa foi de 19,7%, com reflexo no déficit comercial da indústria. Em nove meses, o saldo negativo ficou em US$ 22 bilhões, queda de 6,7%.
Em nota, o presidente-executivo da entidade, Ciro Marino, diz que a recente recuperação da atividade econômica sinaliza que o pior momento da crise parece ter ficado para trás. A conjuntura, porém, ainda é desafiadora.
Fonte: Valor Econômico