Para a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, a preocupação maior da indústria química neste momento não é com a falta d’água, mas com o calor excessivo, que pode causar problemas de superaquecimento nos reatores e dificuldades para refrigerar as máquinas. “Com o calor excessivo, as empresas estão tendo muita dificuldade para resfriar seus equipamentos e aquelas que podem, fazem ajustes nos horários de atividade maximizando a produção em turnos noturnos, para que não haja redução na produção”, afirma Fátima.
Segundo a diretora, as únicas fábricas que têm sido impactadas pela falta d’água são aquelas que drenam água do rio Atibaia, na região de Campinas/Paulínia, para o resfriamento dos reatores. Essa água é tratada após o uso e devolvida ao curso. Entretanto, com a redução do nível desse rio, as empresas já sentem o impacto.
De acordo com Fátima, por enquanto, essa questão ainda é pontual e não chega a um estado crítico. Porém, se o calor persistir por muito mais tempo, a situação pode se agravar e levar à queda na produção. “Hoje, para a média do setor, se houver redução da produção, será pequena e devida mais ao excesso de calor, do que à falta d’água, com exceção às indústrias próximas ao rio Atibaia”, prevê Fátima.
Fonte: Abiquim