As farmacêuticas registraram receita de R$ 25,636 bilhões (valor bruto, sem os descontos concedidos no varejo) entre janeiro e maio, alta de 13% sobre o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da consultoria IMS Health. Desse total, a divisão de genéricos atingiu R$ 6,248 bilhões em vendas, aumento de 12% em relação aos cinco meses do ano passado.
Em volume, o crescimento também segue firme. Nos primeiros cinco meses do ano, os laboratórios comercializaram 1,238 bilhão de unidades de medicamentos, alta de 8% sobre igual período do ano anterior. A categoria de genéricos apresentou crescimento maior, de 12%, com 346,4 milhões de unidades comercializadas no período.
Em maio, as vendas totais de remédios totalizaram R$ 5,658 bilhões, elevação de 14% em relação ao mesmo mês do ano passado. Só o segmento de genéricos atingiu receita de R$ 1,4 bilhão, alta de 19% sobre igual período de 2013.
“Tradicionalmente, esse mês tem uma demanda firme por medicamentos como reflexo da maior incidência de gripe”, afirmou Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma (Sindicato da Indústria Farmacêutica no Estado de São Paulo).
Expansão. A expectativa das indústrias é de que o setor farmacêutico encerre com um crescimento de dois dígitos este ano, mas abaixo da expansão registrada no ano passado. Em 2013, as vendas totais do setor somaram R$ 57,6 bilhões, alta de 16% sobre o ano anterior.
O segmento de medicamentos genéricos, que tem impulsionado o resultado das indústrias nos últimos anos, totalizou faturamento de R$ 13,6 bilhões em 2013, aumento de 22% sobre o ano anterior. Neste ano, o segmento de genéricos completou 15 anos – a lei nacional foi criada em 1999. Esses medicamentos têm de ser, no mínimo, 35% mais baratos que os produtos de referência (com patente). A participação dos genéricos em unidades no total de medicamentos vendidos encerrou maio em 24,8%. Em dezembro passado, ficou em 23,5% A meta da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) é dobrar a participação da categoria nos próximos anos.
Segundo Mussolini, o ano de 2014 deve encerrar com expansão entre 12% e 15%.
“Acredito que o crescimento será mais próximo de 12%”, afirmou. “Apesar da desaceleração da economia, se o nível de emprego está bem, o setor farmacêutico cresce”, disse. “O aumento das vendas de planos de saúde também beneficia a indústria. Significa que tem mais pessoas se tratando.” Líderes. O grupo nacional EMS, de Hortolândia (SP), mantém-se na liderança na venda total de medicamentos no acumulado do ano até maio. A Hypermarcas é vice, seguida pelo grupo francês Sanofi. As nacionais Aché e Teuto ficaram, respectivamente, em quarto e quinto no ranking das maiores.
Se considerar somente o segmento de genéricos, a EMS também se mantém na liderança, seguida pelo laboratório Medley, do grupo Sanofi. Em terceiro, lugar ficou a Teuto, seguida pela Eurofarma e Germed, do grupo EMS.
A EMS, maior laboratório farmacêutico nacional, tornou-se líder no segmento de genéricos em junho do ano passado. Essa divisão encerrou 2013 com receita de R$ 2,9 bilhões, com uma fatia de mercado de 21,4%. Para 2014, a farmacêutica planeja crescer 25% nessa área.
Fonte: Interfarma