Para as famílias mais ricas, o impacto será de 0,23 ponto percentual. Os preços dos medicamentos no Brasil já estão entre os mais altos do mundo, seja pela alta carga tributária ou pela falta de investimento em inovação.
As famílias brasileiras que ganham até R$ 1,3 mil gastam, em média, R$ 52 com medicamentos todos os meses, ou seja, 4% do orçamento. Com o reajuste de 12,5% autorizado pelo Ministério da Saúde, que é o primeiro em 10 anos acima da inflação, esse gasto pode chegar a até R$ 58,50 em abril, considerando que não houve aumento na renda. Parece pouco, mas não é.
A pedido da CBN o DIEESE calculou o impacto aproximado na inflação mensal, que segundo a supervisora na área de preços, Patrícia Lino Costa, vai atingir em cheio o custo de vida das famílias de baixa renda.
Considerando que nada mais aumente em abril, se todos os preços ficarem estáveis, só o aumento do medicamento eleva o custo de vida em 0,4%. Se você tem uma inflação de 0,5%, um impacto de 0,4 pontos percentuais é alto.
Para as famílias mais ricas, o impacto será de 0,23 ponto percentual, quase metade do índice médio mensal de inflação. Já quem tem mais de 60 anos desembolsa 6% da renda para comprar remédios. O gasto pode passar dos R$ 87 por mês depois do aumento. Mas o cenário fica ainda pior para os doentes crônicos. É o caso da professora aposentada Terezinha Pacheco. Ela toma cinco comprimidos por dia e o marido, 13. Eles chegam a deixar quase metade da renda na farmácia todos os meses.
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Fonte: Interfarma