Produtos médico-hospitalares, medicamentos, vacinas e matéria-prima para a indústria farmacêutica se acumulam há 58 dias no terminal de cargas do aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas, no interior paulista.
São mercadorias importadas que dependem da liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas que, devido à falta de funcionários, seguem paradas no aeroporto, gerando prejuízo para as empresas.
Entre os medicamentos estão insulinas adquiridas pelo próprio governo federal, além de remédios para câncer e reprodução humana, anticorpos para vacinas, tubos para exames clínicos (inclusive dengue) e sondas.
Alguns desses produtos estão no terminal desde dezembro. Segundo empresas, o atraso, no início do ano, chegou a 70 dias.
Atualmente, são sete funcionários para avaliar 4.500 licenças de importação. Segundo importadores, a equipe da Anvisa no local já chegou a ter dez funcionários. Mas o ideal, ainda de acordo com as empresas, seriam 20.
O problema começou há um ano, quando alguns servidores se aposentaram. Os importadores afirmam que os problemas se repetem, com menor gravidade, nos aeroportos de Cumbica, em São Paulo, e do Galeão, no Rio.
A Anvisa diz que, para minimizar os atrasos, tenta agilizar a liberação dos produtos com a realização de forças-tarefas –funcionários de outros lugares são deslocados temporariamente para lá.
Já foram organizadas duas forças-tarefas, uma em 2015 e outra no começo deste ano.
A direção do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em Campinas e a própria concessionária de Viracopos, a Aeroportos Brasil, já avisaram que vão à Justiça para obrigar a Anvisa a agilizar a liberação.
Para a Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Saúde) e o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo), o prazo razoável para liberação das mercadorias seria de até sete dias.
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Fonte: Interfarma