Economizar parece ser palavra de ordem para o brasileiro. E não apenas em supermercados e lojas. A Pesquisa de Comportamento do Cliente na Farmácia 2019, que entrevistou 4 mil pessoas em todo o país, revela que 64,95% acreditam comprar remédios em farmácias que praticam preços mais baixos que os concorrentes.
Mas o levantamento, realizado pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC) em parceria com o Instituto de Economia da Unicamp, também revelou outro dado interessante: 88,43% dos entrevistados admitiram que não pesquisaram preço antes da compra.
“Embora os clientes apontem o preço baixo como principal fator da escolha da farmácia, a pesquisa demonstrou que os mesmos não fazem comparação de preços a cada compra e que comparações realizadas no passado e a percepção é o que o leva o cliente a concluir que uma loja pratica preços competitivos”, aponta Edison Tamascia, presidente da Febrafar.
De acordo com a pesquisa, apenas 2,88% dos entrevistados afirmaram comparar preços antes da compra. A aposentada Jussara Siqueira Lopes, 69 anos, se enquadra minoria. Enfrentando problemas circulatórios e cardíacos, ela precisa tomar sete medicamentos diferentes.
“Eu gasto R$ 200 por mês com remédios. Se não pesquisasse, o preço poderia dobrar. É importante comparar, porque dinheiro nunca sobra”, ensina.
Genéricos
Ainda que não faça pesquisa, o brasileiro observa o valor do produto. O preço motivou 54,38% das trocas (por de outras marcas ou por genéricos) dentro da farmácia. A falta do medicamento vem em segundo lugar, com 41,95%. Nesta questão, a pesquisa indica a força do genérico no mercado: 75,45% dos clientes o preferiram ao produto de marca.
Outros fatores
Ao serem questionados sobre quais os critérios de escolha de uma farmácia, além do preço, os entrevistados ainda valorizaram localização (24,5%), estoque (6,25%), facilidade de estacionar (1,58%), possuir atendimento da Farmácia Popular (1,35%) e bom atendimento (0,88%).
“Por meio desse questionamento observamos que o brasileiro está muito mais preocupando com o bolso, mesmo em produtos básicos como medicamentos. Contudo, não é o dinheiro que fará com que ele deixe de consumir”, analisa Tamascia.
A pesquisa também apontou que a maioria das pessoas que entrou nas farmácias, adquiriu aquilo que foi procurar ou pelo menos parcialmente. Apenas 3,13% não comprou o que pretendia, frente a 80,68% que comprou tudo que necessitava e outros 16,20% que fez aquisição parcial.
Fonte: Destak Jornal