O Brasil importou US$ 46,1 bilhões em produtos químicos em 2013. O valor representa um aumento de 7,3% em relação ao ano anterior. Somente em intermediários para fertilizantes, principal item da pauta de importação do setor, foram adquiridos mais de US$ 8,2 bilhões, aumento de 0,4% frente a 2012.
As exportações, por sua vez, de US$ 14,1 bilhões em 2013, diminuíram 4,6% na comparação com 2012, particularmente afetadas pelas quedas de vendas de resinas termoplásticas, de 7,5%, e de elastômeros, de 32,2%.
O déficit na balança comercial de produtos químicos totalizou US$ 32,0 bilhões em 2013, o maior já registrado na história, confirmando as previsões da Abiquim, divulgadas no Encontro Nacional da Indústria Química, em dezembro passado. O valor representa um aumento de 13,6% em relação a 2012, quando o déficit em produtos químicos foi de US$ 28,1 bilhões.
Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, a superação do crônico déficit do País em produtos químicos está atrelada à efetivação de medidas que confiram mais competitividade para a indústria nacional e de políticas regionais que visem eliminar práticas desleais e ilegais de comércio. “A inversão da tendência do agravamento do déficit em produtos químicos somente será possível com a retomada de investimentos associados à substituição de importações e à ampliação das exportações e, para tanto, é indispensável que o comércio internacional seja celebrado em bases justas e leais (fair trade) e que sejam eliminados mecanismos e/ou barreiras financeiro-administrativos nacionais (free trade), que inibem e deslocam investimentos produtivos.”, destaca Denise.
Fonte: Abiquim