O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 4,0 bilhões nos dois primeiros meses do ano. O valor representa uma queda de 5,4% em relação ao mesmo período de 2014. No primeiro bimestre de 2015, as importações de produtos químicos ficaram acima dos US$ 5,9 bilhões, uma retração de 9,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as exportações, de praticamente US$ 2,0 bilhões, apresentaram queda de 15,6% na mesma comparação.
As compras externas de produtos químicos chegaram a US$ 2,7 bilhões em fevereiro, um decréscimo de 13,8% em relação a janeiro. As exportações atingiram US$ 859 milhões, registrando queda de expressivos 22,1% em igual comparação. Em relação a fevereiro de 2014, as importações diminuíram 8,7% e as exportações tiveram forte queda de 24,2%.
Os intermediários para fertilizantes foram o principal item da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 812,0 milhões no primeiro bimestre deste ano, um aumento de 13,4% em relação ao mesmo período em 2014. Já as resinas termoplásticas, apesar da redução de expressivos 31,4%, foram os produtos químicos mais exportados pelo País com vendas de US$ 261,9 milhões, fazendo com que o déficit comercial nesse grupo de produtos fosse superior a US$ 493 milhões somente nos dois primeiros meses de 2015, um aumento de 42,6%
Nos últimos 12 meses (março de 2014 a fevereiro de 2015), o déficit em produtos químicos é de praticamente US$ 31,0 bilhões, o que representa um comportamento estável desse indicador nos últimos acompanhamentos. “Apesar da desaceleração das importações de produtos químicos nos últimos meses, ainda é bastante grave e crônico o déficit do setor no País, sobretudo quando se observa que a participação de importados no consumo aparente nacional tem crescido mês a mês e já margeia os 35,7%. Em um cenário econômico doméstico bastante delicado, o combate às práticas desleais e ilegais de comércio ganham ainda mais relevância, uma vez que os danos causados por esses tipos de atos podem ser irreversíveis e custar a própria sobrevivência de diversas unidades industriais”, alerta a Diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo
Fonte: Abiquim