O Brasil importou US$ 3,0 bilhões em produtos químicos no mês de novembro. O valor representa uma queda de 14,1% em relação a outubro deste ano e de expressivos 21,6% na comparação com novembro de 2014. Apesar de forte retração, os intermediários para fertilizantes continuam como os produtos mais importados no valor de US$ 505 milhões em novembro, 21,4% menos do que no mês de outubro deste ano e 41,1% abaixo dos US$ 857 milhões de novembro de 2014. No acumulado do ano, as compras externas de produtos químicos somam US$ 35,7 bilhões, redução de 15,5% frente ao mesmo período de 2014.
As exportações, de US$ 966 milhões em novembro, diminuíram 6,8% na comparação com outubro e 15,4% em relação ao mesmo mês de 2014. Entre janeiro e novembro deste ano, as vendas externas alcançaram US$ 11,8 bilhões, valor 11,0% menor do que o registrado em igual período do ano passado. As resinas termoplásticas, com vendas de US$ 1,9 bilhão, foram os produtos químicos mais exportados pelo País, até novembro.
O déficit na balança comercial de produtos químicos, no acumulado do ano, chegou a US$ 23,9 bilhões, 17,6% abaixo daquele registrado em igual período de 2014. Nos últimos 12 meses (dezembro de 2014 a novembro deste ano), o déficit de US$ 26,1 bilhões representa o menor valor registrado para tal indicador em bases anualizadas desde 2011.
Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, a sensível redução do déficit em produtos químicos inquestionavelmente é um dos principais fatos relevantes para a indústria química no ano, apesar de, em sua avalição, as principais justificativas dessa redução terem sido fatores exógenos à melhoria da competitividade setorial. “Em um ano marcado por muita incerteza no cenário econômico nacional, apesar de todo o esforço do governo federal e do parlamento com foco na implementação de medidas em prol do fortalecimento da competitividade setorial e de melhor acesso a mercados externos, é indiscutível que tanto o processo de desvalorização do real frente ao dólar ao longo dos últimos meses quanto as projeções de queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foram as variáveis mais decisivas para a redução do déficit em produtos químicos, matérias-primas imprescindíveis em inúmeras cadeias de agregação de valor afetadas diretamente pela queda na demanda por bens industrializados”, destaca Denise.
Fonte: Abiquim21