Abiquim divulgou dados do segmento no Encontro Anual da Indústria Química, que contou com a participação do presidente da Petrobras Pedro Parente e do ministro José Serra.
Associação Brasileira da Indústria Química divulgou “O Desempenho da Indústria Química Brasileira” durante a 21ª edição do ENAIQ – Encontro Anual da Indústria Química, realizado no WTC Events Center, em São Paulo, no dia 2 de dezembro.
Refletindo a grave situação do setor, a indústria química brasileira caiu da 6ª para a 8ª posição no ranking mundial, que considerou o faturamento de 2014, quando a indústria nacional faturou US$ 147 bilhões, para a oitava posição no ranking de 2015, quando a indústria faturou US$ 111,8 bilhões, sendo ultrapassada por Índia e França. Os primeiros colocados permanecem: China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Coreia do Sul. O setor químico brasileiro, no entanto, subiu para a terceira posição no PIB industrial, estimulado pela queda da indústria automobilística, representando 10,4% de toda a indústria de transformação.
A indústria química brasileira deverá encerrar 2016 com um faturamento líquido de US$ 113,5 bilhões, segundo estimativa da Abiquim e associações específicas dos segmentos ligados ao setor.
O faturamento estimado para o ano é 1,4% superior ao registrado em 2015, quando a indústria química faturou US$ 111,8 bilhões. Entre os segmentos, o destaque é o de Produtos Químicos de Uso Industrial, representados pela Abiquim, que deverá encerrar 2016 com um faturamento de US$ 54,9 bilhões. Já o déficit da balança comercial de produtos químicos deverá fechar o ano em US$ 16,9 bilhões, pois o Brasil importou US$ 26,7 bilhões em produtos químicos e exportou US$ 9,8 bilhões.
O presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Marcos De Marchi, contou que o cenário econômico do País em 2016 afetou o desempenho do setor, mas que a perspectiva é de um cenário melhor ainda no início do próximo ano. Ele explicou que a indústria opera com 80% de sua capacidade e antes de investir em novas plantas ou expansões os empresários trabalham para aumentar o índice de operação. “No entanto é necessário ter garantia de fornecimento de energia elétrica e matéria-prima a preços competitivos e por longo prazo para que possa haver mais investimentos”, concluiu.
Fonte: Abiquim