Há falta de recursos públicos na saúde pública e essa situação vai perdurar se a estrutura atual do Sistema Único de Saúde (SUS) for mantida, na avaliação da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que reúne laboratórios multinacionais presentes no país.
Para alterar esse quadro, avalia o presidente-executivo da entidade, Antônio Britto, o novo governo deveria enfrentar aos menos três agendas: o que o SUS pode e precisa oferecer aos usuários, a eficiência na distribuição e utilização dos recursos entre União, Estado e município e a definição, “com mais eficiência e realismo” do que cabe ao setor público e ao privado em saúde.
“O gasto público no Brasil com saúde é insuficiente e não há como tornar o SUS sustentável sem ampliar recursos”, diz Britto. Hoje, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional é investido em saúde, o que equivale a US$ 1.388 per capita por ano, ou seis vezes menos do que gastam os Estados Unidos.
Com sistemas semelhantes, Inglaterra e Canadá também investem mais do que o país: US$ 3.235 e US$ 4.610 per capita, respectivamente, segundo a OMS. E, enquanto 47,5% dos investimentos brasileiros em saúde partem do governo, a Inglaterra concentra 84% no governo e Canadá, 70%.
“É preciso mudar o sistema e o primeiro passo é reconhecer o problema”, defende Britto. Na avaliação do executivo, há uma insatisfação coletiva crescente e problemas de todos os tipos de natureza no sistema atual, o que indicaria que a questão é estrutural.
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Fonte: Intefarma