O orçamento do Ministério da Saúde destinado a medicamentos cresceu 3% em 2017, uma taxa menor que a de anos anteriores, aponta pesquisa da Interfarma, que representa as farmacêuticas.
Em 2016, o aumento da verba havia sido de 24,5% e, no ano anterior, de 12,6%.
A grande preocupação das empresas que vendem a governos é a crise fiscal de Estados e municípios, que têm orçamentos próprios, mas recebem repasses da Saúde.
Muitos deles têm reduzido o volume de compras e atrasado pagamentos —no último levantamento da Interfarma, feito há quatro meses, a dívida somava R$ 1 bilhão, afirma o presidente-executivo da entidade, Antônio Britto.
O problema não ocorre no âmbito federal, ele destaca.
O repasse a Estados e municípios se mantém estável e é uma prioridade da atual gestão, segundo o ministério.
À coluna, a pasta diz que também prevê parcerias com a indústria para ampliar a produção nacional de remédios, com investimento de R$ 6,3 bilhões nos próximos anos.
O desempenho do setor no varejo, que representa 75% de sua receita, segue em alta.
Em 2016, o faturamento com as vendas —sem considerar eventuais descontos de farmácias— cresceu 13,1% e chegou a R$ 85 milhões, segundo dados do IMS Health.
As farmacêuticas que tiveram o maior crescimento no segmento no ano foram Teuto (27,3%), Eurofarma (21,7%) e Aché (17,5%). A empresa com a maior receita foi a NC Farma, seguida por Hypermarcas.
Fonte: Interfarma