O setor de máquinas e suprimentos médico-hospitalares não vai ter em 2012 o mesmo crescimento de dois dígitos que apresentou nos últimos cinco anos.
O avanço será de apenas 4,2%. O número é baixo quando comparado a um aumento de 19% no ano passado, segundo levantamento da Abimed, associação que reúne um amplo leque de companhias brasileiras de alta tecnologia de equipamentos e produtos médicos, como luvas e seringas até grandes máquinas.
“Nos últimos cinco anos, os resultados nunca ficavam abaixo de dois dígitos porque esse é um mercado que ainda tem muito espaço para crescer no Brasil”, diz Carlos Goulart, presidente-executivo da Abimed.
Além do cenário econômico, entre os fatores que justificam a queda estão a greve pela qual passou a Anvisa neste ano e o atraso do órgão em realizar inspeções para materiais importados, segundo Goulart.
A greve durou aproximadamente dois meses, mas seus efeitos se prolongaram por mais cerca de 60 dias, de acordo com o executivo.
“Chegamos a perder muitos pedidos de importação de produtos durante o período. Os negócios tiveram de ser refeitos. Foi o mesmo que recomeçar muita coisa do zero”, afirma Goulart.
“Tudo isso levou o mercado a um número tão inferior. Para o ano que vem, a expectativa ainda será reduzida, entre 5% e 10%”, afirma o executivo.
Fonte: interfarma.org.br