Apesar de defender a criação de um plano de saúde popular, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse em entrevista à Folha não ter expectativa de que a medida “acabe com a fila do SUS”.
“Não estamos aliviando, estamos atendendo mais pessoas”, afirmou.
Segundo Barros, a ideia é reduzir a exigência mínima de cobertura definida pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para planos de internação hospitalar.
Questionado sobre a preocupação do setor com a qualidade dos planos, rebate as críticas: “E o SUS, garante bom atendimento?”
Folha – Uma das suas bandeiras tem sido o plano de saúde popular. Como surgiu essa proposta e quanto de alívio espera para o SUS?
Ricardo Barros – Plano de saúde acessível tem uma cobertura menor e um custo menor. Todo tipo de procedimento que pudermos oferecer às pessoas com segurança, qualidade e que não sejam feitos pelo SUS significam um alívio na fila.
Todo recurso que entrar é um recurso para a saúde.
Mas esses recursos seriam para o setor privado.
São recursos para a saúde.
Se a pessoa faz uma consulta especializada, se é SUS ou não SUS,não importa. Importa que seja atendido.
Isso também deve diminuir os gastos com o SUS? Se pudéssemos diminuir o atendimento, sim, mas não é o caso. Toda a economia que eu fizer com gestão será reaplicada em saúde.Não vamos reduzir gastos em saúde.
São recursos adicionais.
Há estimativa de quanto isso pode trazer de economia? Não, porque os planos têm que ser desenvolvidos e precificados pelas empresas.
Hoje há uma cobertura mínima obrigatória. Não haverá exigência semelhante, por mais que seja ainda menor? Isso será decidido pela agência. A lei já permite planos sem internação e alguns estão no mercado.
A ideia então é que sejam só para consultas e exames? Não. Esses já estão autorizados.
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Fonte: Interfarma