O Rio registrou os primeiros casos de contaminação por bactérias modificadas pelo gene NDM-1. Essas superbactérias anulam antibióticos, incluindo os mais utilizados para combater infecções por micro-organismos multiresistentes.
Os registros foram na pediatria do HemoRio, instituição de referência para tratamento de pacientes com doenças do sangue, e em hospitais de Campos dos Goytacazes, no norte Fluminense, e em Duque de Caxias, na Baixada. Nenhum paciente morreu. Foi o segundo Estado do País a identificar a superbactéria.
O Rio Grande do Sul teve cinco casos em maio.
A primeira pessoa do Rio a ser identificada com a superbactéria foi uma menina, que faz tratamento para leucemia no HemoRio.
Ela já havia recebido alta, depois de um mês de internação, e foi encaminhada para colocação de um catéter no Hospital da Criança. Lá, submeteu-se ao exame de rotina para identificar possível infecção. O resultado deu positivo.
A menina não chegou a desenvolver a infecção. Mas o hospital procurou as outras crianças que entrar amem contato com a paciente. Também fechou leitos para permitir o isolamento daqueles que estavam internados e a desinfecção das enfermarias.
Ainda há paciente sem isolamento, mas não foram diagnosticados novos casos.
O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, esclareceu que nenhumdos pacientes identificados no Rio adoeceu. “Não foram casos de infecção. As pessoas foram “colonizadas” pela bactéria com mecanismo de resistência mais amplo. Não há indicação para interromper a rotina do funcionamento dos hospitais”, afirmou Chieppe.
Ele ressaltouque foram colocados em ação planos para conter o problema, com intensificação da limpeza.
Letalidade. As superbactérias aparecem a partir de uma mutação genética.
Bactérias que já estão presentes no organismo, comoa E. Coli, sofrem a modificação e passam a produzir enzimas que anulam o efeito do antibiótico.
NDM-1 é a sigla pela qual é conhecida a enzima que torna a bactéria multirresistente.
Significa “New Delhi Metallobetalactamase”, porque o primeiro caso foi registrado em Nova Délhi, na Índia, em 2009.
Fonte: Abrabilan