A Abiquim divulgou nesta semana o relatório de Utilização da Capacidade Instalada por Grupos de Produtos. De acordo com o documento, a média de utilização da capacidade instalada da indústria química atingiu o nível mais baixo da história no ano de 2014, registrando 79%. De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, o nível padrão de utilização para estimular investimentos e reduzir a frequência de paradas para manutenção – que geram custos adicionais – fica entre 87% e 90%.
Em 2014, além do recorde de ociosidade, destaca-se também o mais alto nível de participação das importações sobre a demanda, de 35,7%. A diretora complementa ainda que os químicos de uso industrial apresentaram sobrecapacidade de oferta em 2014 e, por isso, possuem espaço para elevar a produção. “Esse é um ponto importante, pois as empresas só conseguirão planejar novos investimentos a partir do momento em que essa ociosidade se reduzir”.
A Abiquim acompanha o índice de utilização da capacidade instalada da indústria química brasileira desde 1996. O indicador representa uma importante ferramenta de análise do nível de atividade da indústria de transformação, além de servir como parâmetro para uma visão de planejamento de longo prazo. Os resultados indicam quanto do parque industrial está efetivamente em operação e se um determinado segmento tem condições de atender, no curto prazo, saltos de demanda. Além disso, dependendo do nível de utilização da capacidade instalada, ou da ociosidade, é possível verificar se um determinado setor está ou não competitivo.
Fonte: Abiquim