O Brasil importou US$ 2,8 bilhões em produtos químicos no mês de maio, aumento de 16,2% em relação ao mês anterior, mas um recuo de 11,0% em relação ao total de US$ 3,2 bilhões em compras externas de maio de 2015. De janeiro a maio foram importados US$ 13,0 bilhões, valor 13,8% menor que no mesmo período do ano passado. A quantidade importada nos primeiros cinco meses de 2016 foi de 13,8 milhões de toneladas, aumento de 9,8%, na comparação com o acumulado entre janeiro e maio de 2015, devido, em grande parte, ao forte ritmo de importações de intermediários para fertilizantes, cujas compras externas superam 7,6 milhões de toneladas no acumulado do ano.
As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, somaram US$ 1,0 bilhão em maio, elevação de 9,7% em relação a abril, mantendo-se praticamente estáveis em relação ao total das vendas externas de maio de 2015. No acumulado do ano, até maio, as exportações somam US$ 4,8 bilhões, valor 6,1% inferior ao registrado em igual período do ano passado.
O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 8,2 bilhões entre janeiro e maio deste ano.
Nos últimos 12 meses, de junho de 2015 a maio de 2016, o déficit em produtos químicos foi US$ 23,6 bilhões, confirmando a expectativa de redução desse indicador em relação ao déficit registrado em 2015, de US$ 25,4 bilhões. As exportações de produtos químicos movimentaram 6,8 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2016, crescimento de 11,3% em relação ao acumulado de janeiro a maio de 2015.
Apesar da recente elevação do volume importado e do bom desempenho em vendas externas no acumulado do ano, ainda permanece razoavelmente incerto o cenário da balança comercial em produtos químicos para os próximos meses. “O comércio exterior como elemento de desenvolvimento econômico é indiscutivelmente fator chave para países com estruturas industriais modernas e abrangentes, como o Brasil. A valorização do canal externo será decisiva para que o setor privado consiga aliviar as pressões do delicado momento econômico atual e possa se programar de maneira estruturada para voltar a investir de maneira sustentável”, destaca Denise Naranjo, diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim.
Fonte: Abiquim