O Brasil registrou crescimento de 12% no número de mortes por diabetes entre 2010 e 2016, mostram dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foram 54.877 mortes em 2010 para 61.398 no ano de 2016.
Em todo o período, o país registrou 406.452 mortes de brasileiros que tiveram relação com a doença. Já a quantidade de internações por diabetes sofreu queda: foram 148.384 em 2010; e 135.364 em 2016.
Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (27), quando é celebrado o Dia Nacional de Controle do Diabetes.
“O diabetes é uma doença crônica que pode ser evitada, desde que hábitos saudáveis, como uma alimentação adequada e a prática de atividade física, sejam adotados”, diz em nota Marta Coelho, coordenadora de programa de doenças não transmissíveis do Ministério da Saúde.
A pasta também divulgou nesta quarta dados do Vigitel (Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) sobre a diabetes.
Segundo o levantamento, entre 2006 e 2017, o número de homens que apresentou diagnóstico da doença cresceu 54%. Em 2006, pacientes homens contabilizavam 4,6 do total; em 2017, o número passou para 7,1%, diz a pasta.
Já nelas, a diabetes cresceu 28,5% no período, apesar do número de mulheres com a condição ser maior que o número de homens (8,1%).
O diabetes é uma condição crônica em que há aumento das taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia). A glicose aumentada é uma condição tóxica para o organismo e está associada à insuficiência renal crônica, a doenças cardiovasculares e a amputações dos membros inferiores.
Tratamentos e ações de saúde pública
Tratamentos para a diabetes visam o controle das taxas de açúcar no sangue e evitam complicações. Uma das medicações mais usadas é o cloridado de metformina, que ajuda a controlar a diabetes tipo 2.
O medicamento diminui a produção de glicose pelo fígado, aumenta a sensibilidade das células à insulina e reduz a absorção de glicose pelo intestino.
Entre as metas de saúde pública, o Ministério da Saúde cita comprometimentos com a redução da obesidade. Até 2019, o Brasil espera reduzir em 30% o consumo regular de refrigerante e suco artificial.
Também até 2019, a pasta espera aumentar em no mínimo 17,8% o número de adultos que consomem frutas e verduras frequententemente.
Fonte: G1