O déficit da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 9,1 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano, equivalente a um avanço de 21,0% em relação ao mesmo período de 2018. De janeiro a abril de 2019, o Brasil importou US$ 13,2 bilhões e exportou US$ 4,1 bilhões em produtos químicos, respectivamente aumento de 9,5% e recuo de 9,6%.
Os intermediários para fertilizantes permanecem como o principal grupo da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 2,2 bilhões no acumulado do ano, um importante aumento de 39,6% na comparação com o período entre janeiro e abril de 2018. Já o grupo das resinas termoplásticas foi o mais exportado pelo País, com vendas de US$ 630,5 milhões, uma retração de 9,2% na mesma comparação.
De janeiro a abril, os produtos químicos responderam por 23,7% do total de US$ 55,8 bilhões em importações e 5,7% dos US$ 72,1 bilhões em exportações realizadas pelo País. As importações de produtos químicos movimentaram 13,2 milhões de toneladas e o volume das exportações chegou a 4,1 milhões de toneladas, respectivamente um aumento de 15,2% e uma retração de 15,9% em relação aos quatro primeiros meses de 2018.
No acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2018 a abril de 2019), o déficit é de US$ 31,1 bilhões, confirmando a tendência de alta dos últimos meses e fazendo deste valor apenas inferior aos recordes de 2013 e 2014, respectivamente de US$ 32 bilhões e de US$ 31,2 bilhões.
De acordo com a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Mazzaro Naranjo, são crescentes os sinais de que o déficit em 2019 possa ser o maior de toda a série histórica do acompanhamento da balança comercial setorial, o que torna ainda mais central se garantir que o processo de inserção comercial seja responsável, gradual, concomitante e condicionado a reformas estruturais, com foco no fortalecimento de um ambiente de negócios previsível, seguro e saudável. “O setor possui o inabalável compromisso de trabalhar em conjunto com o Governo nas reformas estruturantes nacionais, transversais a todos os setores, e igualmente em contribuir na construção de propostas sobre temas bastante relevantes para a pauta setorial: energia, logística e inserção internacional responsável, isto é, concomitante à redução do custo Brasil, transparente, gradual, negociado, debatido publicamente, de forma a garantir segurança jurídica e sustentabilidade à competitividade e integração comercial brasileira”, destaca Denise.
Fonte: Abiquim