O novo governo da Argentina e a indústria farmacêutica local repetem um acordo firmado no início do mandato do ex-presidente Mauricio Macri logo no início de seu mandato. Preocupado com o aumento médio de 80% no preço dos medicamentos nos últimos cinco anos, o novo ministro da saúde Ginés González García (foto) reuniu-se com o setor e saiu do encontro com a garantia de redução imediata de 8% do custo repassado ao varejo e seu congelamento até o próximo mês de fevereiro.
O ministro antecipou ainda que promoverá a reintrodução do Programa Remediar, mantido entre 2002 e 2017. Trata-se de uma iniciativa gratuita que garantia a 16 milhões de pessoas acesso a medicamentos em todos os centros de atenção primária da Argentina. A implementação levará entre 90 e 120 dias, após um processo de licitação.
Ambas as medidas abrem oportunidades também para laboratórios brasileiros que mantêm ou desejam reforçar participação no mercado argentino. A Biolab anunciou em outubro que busca a certificação no país para viabilizar a comercialização internacional do Vonau Flash. E em setembro, a Eurofarma concluiu o processo de aquisição do laboratório Buxton, com o objetivo de incrementar os negócios com medicamentos biológicos e atuar em novas classes terapêuticas, como o de fertilidade.
O canal farma da Argentina registrou vendas em torno de US$ 5,6 bilhões (cerca de R$ 23 bilhões) nos últimos 12 meses, respondendo por 14% do montante comercializado na América Latina. Mas permanece muito distante do Brasil, cujo movimento superou R$ 119 bilhões, de acordo com a IQVIA.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico