A substituição do uso de animais como cobaias no ensino e na experimentação científica avança nas universidades e centros de pesquisa do país. O tema foi discutido ontem (5) em simpósio promovido pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, na Universidade de São Paulo (USP).
O pró-reitor de pesquisa da USP, José Eduardo Krieger, garante que a universidade está preocupada com o assunto, e que vem aplicando o uso de modelos alternativos. “Há uma demanda da sociedade local e mundial para realocar os usos com o advento de novas tecnologias”, disse ele.
Segundo Walter Coli, coordenador adjunto na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), existem atualmente 17 projetos e bolsas centradas no uso de métodos alternativos. “Ainda é pouco, mas a Fapesp está aberta a receber mais projetos nesta área”, declarou. Para ele, o interesse de alunos de mestrado e doutorado tem crescido, sobretudo nas linhas de atuação biológicas.
Ele cita como exemplos o uso da larva do peixe paulistinha ou da traça grande da cera que, disse, são excelentes organismos para serem usados em testes de toxicologia. Os cientistas têm utilizado também pele artificial nos testes de cosméticos. “Há uma substituição gradual”, avalia.
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Fonte: Agência Brasil