A indústria farmacêutica precisou ampliar os descontos nas vendas ao setor público, que, com a crise fiscal, tem negociado mais os preços que no passado, afirmam executivos do setor.
No âmbito federal, as reduções foram, em média, de 7% para medicamentos sintéticos comprados em reais e de 17% para aqueles negociados em dólares, segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
“Algumas negociações chegaram a taxas de 50%, 70%. A indústria tem aceitado os desafios [da crise fiscal].”
No fim de setembro, a pasta anunciou acordo com a GSK (GlaxoSmithKline) para comprar remédios contra HIV com desconto de 70%.
“Não é uma questão de caridade, e sim de sustentabilidade dos negócios”, afirma o presidente da farmacêutica no Brasil, Aleksey Kolchin.
“Neste ano, quem fechou contrato com governos vendeu a preços muito baixos. As negociações ficaram difíceis.”
Em 2016, as vendas públicas representaram metade da receita da farmacêutica.
Os preços vencedores de licitações também caíram neste ano, segundo Luiz Donaduzzi, sócio da Prati-Donaduzzi. “Os laboratórios estão estocados, querem vender para fazer caixa”, diz ele.
Em um recente edital de compra de remédios do governo mineiro, vencido pela GSK, a queda foi superior a 70% do preço inicial, diz a empresa.
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Fonte: Interfarma